domingo, 29 de junho de 2014

AEE- REFLEXÃO E TRANSFORMAÇÃO           
                                                                                                                 Zuleide

A reflexão do autor Ítalo Calvino “baseia-se em análise do texto da própria vivência do Sr. Palomar, que na prática busca modelos transparentes para dissolver o antigo modelo e até mesmo a si próprio”. O autor divide seu texto em etapas compreendidas entre: construção de um modelo na mente, verificação dos casos práticos observáveis na experiência e os procedimentos de correções necessárias para que modelo e realidade coincidam.
Além de analisar a prática cotidiana baseado nos modelos dos modelos, o autor  faz  referência  ao um olhar diferenciado quanto a teoria e a prática, que mesmo planejado e adaptado com a realidade as linhas desenhadas poderiam ser retorcidas. Nessa demanda, autores da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, cita: (CERTEAU, 1994), quando afirma: “a possibilidade de inventar o cotidiano tem sido adotada pelos que colocam sua capacidade criadora para inovar, romper velhos acordos, resistências e lugares eternizados na educação”.  
 Com esse olhar conflitante de enfrentamento na prática cotidiana se  estabelecem relações com o Atendimento Educacional Especializado - AEE  nas escolas comuns, um serviço que reconhece as necessidades, habilidades e compreende o  aluno como um todo através do estudo de caso. E a partir da resolução do problema traça o seu plano de atendimento.
Nesse campo, a pesquisa requer imaginação criadora, iniciativa, persistência, originalidade e dedicação do pesquisador. Que ao longo dos estudos vai se edificando e aprimorando, na investigação de um problema para contribuir com o fortalecimento do processo de inclusão educacional nas escolas comuns..
. De acordo a Política Nacional da Educação na Perspectiva da Inclusiva (2008), a política enseja novas práticas de ensino. Apontando para a necessidade de se subverter a hegemonia de uma cultura escolar padronizável do pensamento homogeneizável  e se reinventar  seus princípios e práticas escolares. A formação específica dos professores não termina com o curso visto que a atuação do professor requer estudo e reflexões a cada novo desafio. A educação inclusiva nos convida a questionar a fixação de  modelos ideais e  a normalização de perfis específicos.

REFERÊNCIAS:
.BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP/2008.
.Curso de Formação Continuada de Professores para o AEE, UFC/SECADI/UAB/MEC. Versão 2013, “O modelo dos modelos”- Ítalo Calvino- AEE- Metodologia da Pesquisa ( p.9). 

domingo, 8 de junho de 2014



ESTRATÉGIAS COM  ADAPTAÇÃO DE LIVROS DE HISTÓRIAS
                                                                                                              Zuleide Fraga Parente.
ALUNO: Pedro José        
Idade: 09 anos
Transtorno: TGD (Aspectro Autista)
Local de utilização: Sala de aula e SRM.

Nesta atividade incluem muitas das habilidades necessárias para uma aprendizagem ativa: o pensamento crítico, o juízo reflexivo, a resolução de problemas e tomada de decisão.
                                        
                                       Adaptação de livros de histórias

                                                                     Figura de animais, frutas e fichas com letras maiúsculas.

Descrição: Essas figuras de animais e frutas são adaptação de livros como recursos de imersão dos símbolos. Os livros são transcritos ou modificados a partir da reescrita simplificada da estória impressa com letra maiúscula, tamanho 28 ou superior, fonte arial  e negrito. Podem ser impressos isoladamente em cartão, ou organizados em pranchas de comunicação. Esses recursos poderão ser simples como letras soltas ou textos escritos em letras maiúsculas e outras vezes poderá ser o uso de um computador

Intervenção do professor do AEE: orientar a elaboração do recurso e como deve ser utilizado na sala de aula, atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum definindo estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno com TGD, e sua interação no grupo. Orientar a família para o seu envolvimento e sua participação em toda a atividade.  Utilizar esse recurso para transmitir mensagens e para o desenvolvimento da linguagem, interações sociais estimulando a leitura, a compreensão e reconhecimento das letras e formação de palavras, oportunizar o aluno acompanhar a história através de símbolos, estimulando sua comunicação de forma a responder perguntas, ou recontar a sequência do reconhecimento dos fatos. Portanto, respeitar as diferenças é oportunizar os recursos necessários para que a criança aprenda Para maiores esclarecimento  e enriquecimento da atividade procure o link citado abaixo:
ARASAAC- Portal Aragones de Comunicação Alternativa e Ampliada- Link: http://www.catedu.es/arasaac/[acesso em 21/05/2014.

domingo, 20 de abril de 2014



                    ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
                      SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
                                                                    Zuleide Fraga Parente.
Este informativo apresenta informações básicas dando ênfase às pessoas com  surdocegueira e deficiências múltiplas na escola comum. Compreender como essas deficiências se diferencia é importante para o sucesso na intervenção. Esse conhecimento resulta em algo positivo quando se busca auxiliar pessoa com necessidades especiais.
Surdocegueira e deficiências múltiplas se diferenciam:
Essas deficiências  se diferenciam  mas possuem habilidades, potencialidades e dificuldades próprias, que devemos atrelarmos a essa compreensão: Surdocegueira é uma deficiência única e especial que apresenta a perda da audição e visão. Essa combinação da deficiência dupla impossibilita o uso dos sentidos de distâncias e requer métodos de comunicação especiais. Causa problemas de aprendizagem, de conduta e afeta as possibilidades da compreensão do mundo que o cerca. Já a múltipla deficiência é considerada pessoas que tem mais de uma deficiência (auditiva ou visual), associada a outras deficiências (mental e/ou física), ou a distúrbio neurológico, emocional, linguagem e desenvolvimento global. Causa atraso no desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional. Dificulta sua auto-suficiência.
 Informações  Básicas de suas necessidades:     
 É de extrema importância, compreender que a aprendizagem da pessoa com deficiência intelectual acontecerá em um processo mais lento, em comparação às pessoas ditas normais. E por ser pessoas com necessidades únicas  é necessário dar atenção á comunicação e ao posicionamento. Favorecer o desenvolvimento do esquema corporal, para as pessoas com surdocegueira ou com deficiência múltipla para se auto perceber e perceber o mundo exterior. É necessário criar um ambiente propício que favoreça autonomia e independência, tanto verbal quanto gestual e outros registros. Prever a estimulação e a organização desses meios de interação com o mundo. Incentivar e ensinar a pessoa com surdocegueira de como usar sua visão e audição residuais, provendo–as de informações sensoriais necessárias que suscitem sua curiosidade. Com as perdas parciais ou totais dos sentidos de distâncias (visão e audição), faz com que a informação do meio lhe venha entrecortada ou sem nexo. Surge a necessidade de uma pessoa para mediar e trazer essas informações de maneira integral. Devido a combinação das perdas auditivas e visuais demonstram dificuldades em observar, compreender e imitar comportamentos por isso é necessário o uso das técnicas “mão sobre mão” e “mão sob mão”.
Estratégias utilizadas para aquisição de comunicação:
 A comunicação entre os seres humanos é um processo interpessoal por meio do qual se estabelecem vínculos com os outros. Esta relação é estabelecida de diferentes maneiras e, segundo as possibilidades de cada um. Os sistemas de comunicação devem ser adequados, o ambiente planejado e organizado para a inserção da pessoa surdocegueira e a interação com pessoas e objetos. De acordo a necessidade do usuário e suas preferências incluem: adotar uma combinação de diferentes métodos de comunicação, introduzir sistemas de comunicação em atividades rotineiras significativas, alertar os parceiros  para o uso dos sistemas de comunicação. Acontecerá com movimentos do corpo, desenvolvendo um código linguístico que favoreça diversas formas de comunicação.
Referências:
·          BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010). Capítulo 4 - A escola comum e o aluno com surdocegueira. Capítulo 5 - Deslocamento em trajetos. Capítulo 6 - Pessoa com surdocegueira.

·          ROWLAND Charity e SCHWEIGERT Philip - Soluções Tangíveis para Indivíduos Com Deficiência Múltipla e ou com Surdocegueira. Apostila In mimeo. Tradução Acess. Revisão: Shirley R. Maia - 2013.

·          MAIA, Shirley Rodrigues. Aspectos importante para saber sobre Surdocegueira e Deficiencia Múltipla. São Paulo: 2011.

·          SERPA, Ximena Fonegra. Comunicação para Pessoas com Surdocegueira. Tradução do livro Comunicacion para persona Sordociegas, INSOR – Colômbia, 2002.

domingo, 9 de março de 2014

EDUCAÇÃO ESCOLAR INCLUSIVA PARA PESSOAS COM SURDEZ
                                                                                          Zuleide  Fraga parente
    
Estudos bibliográficos traz reflexão sobre a questão  da Educação escolar inclusiva para as pessoas com surdez, como um destaque nas políticas públicas que focaliza a importância da construção de um caminho pedagógico para o Atendimento Educacional Especializado – AEE com base em princípios decorrentes dos novos paradigmas, considerando  alternativas significativas para o aprendizado acadêmico dessas pessoas procurando valorizar as diferenças no convívio social e reconhecer o potencial de cada ser humano
     Buscando compreender a temática da educação inclusiva das pessoas com surdez, encontramos discussões e ações desenvolvidas, entre gestualistas e oralistas e optamos por apresentar algumas: 
“[...]. Neste ponto uma nova política de Educação Especial na perspectiva inclusiva,                     principalmente para as pessoas com surdez, tem se tornada promissora no ambiente escolar e nas práticas sociais/ institucionais. Por mais que as políticas estejam já definidas, muitas questões e desafios ainda estão para ser discutidos, muitas propostas, principalmente no espaço escolar. As tomadas de posição e bases epistemológicas precisam ficar mais claras, para que as práticas de ensino e aprendizagem nas escolas apresentem caminhos consistentes e produtivos para a educação de pessoas com surdez”.p. 47..
        Estudiosos relatam ter encontrado dificuldades para efetivar novos paradigmas em virtude de problemas relacionados a decisões político - filosóficas, pedagógicas, metodológicas, de gestão e planejamento da escola brasileira. Pesquisadores como Sá, afirma que:
“(...), a escola inclusiva não atende adequadamente ao direito das pessoas com surdez, pois não oferece a elas o ambiente social, linguístico, adequado ao seu desenvolvimento e defende a escola para as pessoas com surdez, principalmente nos anos iniciais”.
       E ainda relatam que, o esforço das escolas comuns para se tornarem espaços inclusivos de ensino e aprendizagem por meio de práticas pedagógicas, em busca da melhoria do processo educacional para todos os alunos, não basta:
 “[...], é necessário que se garanta igualmente o que lhe é complementar, ou  seja, o Atendimento Educacional Especializado. Isso nos faz pensar num sujeito com surdez não reduzido ao chamado mundo surdo, com a identidade e a cultura surda, mas numa pessoa com potencial a ser estimulado e desenvolvido nos aspectos cognitivos, culturais, sociais e linguísticos, pois a concepção de pessoa com surdez descentrada se caracteriza pela diferença, que, sob a força de divisão e antagonismos, leva a pessoa descentrada a ser deslocada e assumir diferentes posições e identidades, Hall (2006).
     Concordamos com Rocha (1997) quando diz, não há mais tempo para se pensar em ilhas, asilos nos quais em nome da diferença os surdos ficarão a parte. Portanto:      
  “[...], chega de escolaridade segregada é tão ruim para as pessoas com surdez, como para todos os demais alunos. Não devemos manter o curso da história em que durante séculos essas pessoas não puderam estudar em escolas comuns com seus colegas ouvintes. É preciso lutar pela defesa da inclusão das pessoas com surdez na escola comum contribuindo para que ela seja um espaço de responsabilidade social, coletiva, que procura garantir o espaço da cidadania para todos”.
      Diante do exposto, legitimamos a abordagem bilíngue e aplicamos a obrigatoriedade dos dispositivos legais do Decreto 5.626/2005, que determina:
“[...], o direito de uma educação que garanta a formação da pessoa com surdez, em que a língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam língua de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo”.
             E por essa razão, o Atendimento Educacional Especializado - AEE, para a pessoa com surdez, segundo Damázio (2005:69-123), envolve três momentos pedagógicos:
·         .Atendimento Educacional Especializado em Libras;
·         .Atendimento Educacional Especializado para o Ensino da Língua Portuguesa;
·         .Atendimento Educacional para o Ensino de Libras. Neste conjunto:
“[...], o aluno é trabalhado a partir da compreensão do ciclo de desenvolvimento e aprendizagem respeitando os campos pedagógicos e linguísticos das duas línguas no Atendimento Educacional Especializado para a pessoa com surdez”. p. 50
      Neste contexto de compreensão é que buscamos a construção e a reconstrução do Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com surdez, instituído por meio da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva.

    Referências: CIBEC/MEC- Inclusão: Revista da Educação Especial/ Secretaria de Educação Especial.-Brasília: Secretaria de Educação Especial,2010.

sábado, 7 de dezembro de 2013

AEEE- DEFICIÊNCIA VISUAL



LEITURA DE IMAGEM, EM ARTES VISUAIS, NA ESCOLA:
O OLHAR E O VER DO ALUNO
 DISCRIÇAO DE UMA PAISAGEM                                                                        



 
















Fonte: www.diaadiaeducação.pr.gov.br/portais/pde/arquivos/1530-8pdf
Legenda: NM. RIBEIRO- Artigos relacionados a leitura de imagens


DESCRIÇÃO: “Ao primeiro olhar mostra-se uma casa, contudo, porém é um portal, não existe a parede lateral, somente a frente com telhado, na qual tem uma porta com um retrato de um rosto oriental. Há um portão que dá acesso a um riacho que fica entre as montanhas e um gramado. Em frente a esse portão, há um caminho, à direita, e à esquerda um canteiro que em sua frente há uma árvore com flores rosa, com miolo vermelho. No tronco da árvore foi abandonado um rastelo e uma enxada, existem quatro montes de folhas secas. Próximo ao riacho, existem árvores com poucas folhas. Essa imagem lembra o movimento Fauvista devido os contornos escuros e
as cores puras e fortes e, ainda, as formas simples de retratar. Em relação a essa imagem podemos estudar e aprender sobre paisagens naturais, pontos, linhas, plano, ângulos, figuras geométricas, retas, semirretas, segmento de retas e ainda sobre área. Podemos também refletir sobre o desmatamento, as formas de relevo, como nascem os rios, os tipos de solos, as estações do ano e também o tipo de vegetações. Nessa “paisagem tem uma árvore que lembra um pessegueiro ou uma cerejeira muito comum no Japão, aliás, essa imagem lembra os desenhos orientais, não só pela cerejeira, mas também pela luminosidade do sol muito característico daquela região”.